Os Animais na Peneda
A Serra da Peneda é um verdadeiro refúgio natural, cheio de vida e biodiversidade, albergando uma grande variedade de espécies selvagens. Aqui, os animais são tão parte da paisagem quanto os penhascos e os rios que a atravessam. Cada um deles faz parte da alma da Serra, onde a vida selvagem resiste, adaptando-se ao ritmo eterno da natureza.
Os Mamíferos
Entre os mamíferos que habitam a Serra da Peneda, destaca-se o lobo-ibérico, uma espécie protegida e um verdadeiro símbolo da região, que percorre as matas, silencioso e furtivo, herdeiro de um tempo em que dominava estas terras. Ainda hoje, a sua presença é sentida, temida e respeitada pelos pastores que guardam os rebanhos. Além dele, o corço e o javali são presenças frequentes, assim como pequenos carnívoros, como a gineta e a lontra.
A Avifauna
A Serra da Peneda é um paraíso para os amantes de aves, com uma avifauna superdiversa. Nos céus, voam imponentes a águia-real, o gavião e o falcão-peregrino, enquanto o mocho-real impõe respeito nas noites da Serra. Já os pequenos passeriformes enchem a paisagem de vida e cor. Os corvos, os abutres e as águias-d’asa-redonda sobrevoam os vales, aproveitando as correntes de ar para patrulhar os céus. Um destino incrível para quem gosta de natureza e observação de aves.
Nas Águas da Serra
Nos cursos de água e zonas húmidas da Serra, a vida selvagem é fascinante. Entre os anfíbios, destacam-se a salamandra-lusitânica e o tritão-marmoreado. Já entre os répteis, a víbora-de-Seoane e o lagarto-de-água são presenças comuns. Nos ribeiros de águas frias e cristalinas, as lontras esgueiram-se entre as pedras, enquanto as trutas deslizam velozes contra a corrente. Estes habitats são essenciais para a sobrevivência destas espécies, tornando a Serra um refúgio natural.
A Alma Selvagem
Os garranos, cavalos selvagens que galopam livres pelas serranias, são um símbolo de força e resistência. Criados sem arreios, movem-se com destreza entre as rochas e os caminhos antigos, lembrando a ligação profunda entre a serra e os seus habitantes. Nos bosques e campos, os javalis revolvem a terra à procura de raízes e os corsos atravessam os caminhos ao cair da tarde, desaparecendo na neblina. Entre as urzes e os carvalhais, pequenos seres como doninhas e ouriços completam o delicado equilíbrio deste ecossistema.
